Sou rei de nada
de trono e enfeite falso
Sou rei descalço
Avesso a essa fidalguia
Meu condiscípulo e colega de cantoria,
pra que lhe ensinei os fundamentos da lírica se
as paredes do castelo tem trinta metros de largura
se por uma légua e meia de altura tu soubesses
que o início da sabença é ser errante
Tu, homem de artifícios tantos
Na semana, um alfaiate, homem ilustre de família e tradição
No sábado, caído pelos cantos, como os nobres na revolução
êêê tonteio da mente abrasada na estrada
Matanças e morrências nas poeiras velhas
Suores soltos nas estradas férreas
No caminho das pedras envelhecidas pelo tempo e pelas chamas.
3 comentários:
isso fúria fui ali fechá a farmácia
(compra um remedinho tarja preta)
o errante é rei, rei sem reino, dele é o mundo
reverência ao ritmo
deste rei errante
retiro meu riso e revelo:
esfarrapados retrógrados
roem os restos da rainha
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