A terra e o pó sepultaram a manhã que inventei
apagaram e deixaram erma de sentido
os tocos calcinados cantaram como espíritos de horror
e seu coro aspirava a inundação seca pela boca
tudo nesses homens brônzeos está oculto pelas sacas
resplandece tão somente uma aura de incêndio
uma garantia de velhice reservada para a vida toda
um áspero santuário do trabalho sobre as costas
o feitor de gola rubra e flamejante língua, ele próprio cativo,
cruel com a moça dos pés inchados que sofre sobressaltada,
atravessa de olhos baixos a fúnebre dança das cicatrizes
Estilhaços de sangue como pétalas de trêmulas vidraças
Arrancados do espaço como signos na tela do pintor
ó escuro, tumultuado escuro dos céus, nos responda:
a que deus podemos aspirar?
2 comentários:
a liberdade descortinada as pressas tem o brilho da cegueira ,os olhos atentos para as tentações nos curvam tais caminhos retos,nos deixando a merce de instintos e ouvidos enevoados pelo ranger da duvida,a questão que sempre cava borrando como chuva qualquer maquiagem que pintamos o indisivel (vulgarmente tratado de vazio),os idolos venerados não passam de nomes multilados pela mão de seus adoradores,e os que cairam do paraiso rastejam pedindo votos ou esmolas,as doutrinas viram a bengala afiada que conduz os passos depois de nos invalidar as asas,como um carrasco a gritar nomes santos no momento de nossa castração honrada,nos permitindo orar as horas lapidando nossa propria lapide,pedindo a deus desiluzão....
a liberdade descortinada as pressas tem o brilho da cegueira ,os olhos atentos para as tentações nos curvam tais caminhos retos,nos deixando a merce de instintos e ouvidos enevoados pelo ranger da duvida,a questão que sempre cavamos em baixo de nossos proprios pés, borrando como chuva qualquer maquiagem que pintamos o indisivel (vulgarmente tratado de vazio),os idolos venerados não passam de nomes multilados pela mão de seus adoradores,e os anjos que cairam do paraiso rastejam pedindo votos ou esmolas,as doutrinas viraram a bengala afiada que conduz os passos depois de nos invalidar as asas,como um carrasco a gritar nomes santos no momento de nossa castração honrada por uma benção,nos permitindo orar as horas lapidando nossa propria lapide,pedindo a deus desilusão....
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