Ao vivo no calçadão de Copacabana
Rio de Janeiro profundamente Boreal
dezoito de junho do ano de dois mil e Sete
Primeiros quarenta e dois minutos do dia
Melhor da madrugada
Grandes são os desertos
E deserta está a praia
Grandes são os desertos e no calçadão não há ninguém
Grandes são os desertos
E deserta é a poesia
Grandes são os desertos,
Minha eloqüência inspiração
Mas vou definitivamente arrumar as malas
É que o dia deu em chuvoso
No escuro da primeira hora do dia
Tudo fechado e tenho sede
De guarda-chuva listrado branco e preto
Vou gritando na Figueiredo Magalhães
- Dêem-me de beber, porra! Eu sou do Leme!
O renunciar de todas as janelas que estavam abertas
Se eles tem a cachaça guardem-na
Vou embriagar-me em Bicarbonato de Soda
Desconsolação na epiderme da alma
Afinal é tão pouco provável
Ser Borges ou Saramago
Graças a deus que estou doido
Com uma saudade prognóstica e vazia
Com uma náusea física da Avenida Prado Júnior interior
2 comentários:
,acendo outro cigarro e descanso
meus olhos fundos nesse encontro,
estás em boas mãos,caro Carleto. saudades de Álvaro que noutra vida, certamente trocou tavira pelo Leme. fito da Gustavo dois grandes poetas no deserto,rumo ao opiário:
não te é difícil ser nenhum outro
és o outro e o mesmo
Postar um comentário