terça-feira, 3 de abril de 2007

- Canto Báltico II -


II


O Herói Trágico escreve uma ode à sua amada

Bebendo água de poça e comendo papa de papel timbrado

Escreve versos com cera de vela derretida e pastosa.


Em trinta e nove meses na sombra da greta infuso

terminado o primeiro volume o mais selvagem

Em doze completo o segundo e derradeiro

Em mil a prosa de retorno ao estaleiro a estiagem


A autor morto recria a tradição e a obra

Glória das que se perderam e que nunca se acharão

O escritor recria os tratados que hoje são apenas títulos

Poetas altos do silêncio que pronunciaram senão duas frases


Angústia da Influenza

Algo sobre um Robinson Crusoé

Trancado num apartamento sem janelas

A beira do mar, mas sem o céu


Morto pela maré no cativeiro russo da Sibéria



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Um comentário:

Anônimo disse...

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Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841