segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Genealogia Revisited


Eram de eterno azul e cinza as formações de esquadra que atravessaram a história humana em silêncio?

Equilibram-se através dos séculos nas arquibancadas de rocha pura as canções de fundo oceânico?

Nuvens químicas voam em bandos sobre os portos tal como mil tambores rufando sobre pontes e baleias?

As aves singram os céus com heroísmo natural mesmo quando passam por ciclones ou chegam às manhãs sem ilhas?

A bordo do navio, contornando o Horn, eram fogueiras nas ilhotas?


A indolência da gaivota que atravessa os céus não é a mesma de um recife no canal que tangencia o rio?

Se cada pedra fosse uma pátria sombria de umidade e relva seria cada ilha um exílio de ossos dispersos?

Observando corsários, escutando alto-falantes, estão vestidos de tempos murchos os rochedos?

Nos sabemos prisioneiros da árida planície que é o tempo nessas terras de pesca e nuvens negras?

Quando ruflarem torres emborcadas nas horas de luz violeta e cisternas vazias, parecerá tudo um ar de estalos?




2 comentários:

Carleto Gaspar 1797 disse...

Como diria Andre Dahmer
Vivo aqui a grande angústia contemporânea:

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alguns, óbvio, dirão: Chora!!!

mas é aquilo. chora agora

Ri depois!!!

omnia in uno disse...

Quem saberá ?

Haverá resposta para um mundo aviário?

Deixa que voem . . . Onde é quando.

Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841