Fui outrora um califa em Samarra
casualmente num sonho destacado
como artífice dos povos e misérias
ministro-chefe dos portos e arados
Ergui bebedeiras às margens do mar Cáspio
para manter em fevereiro a Belém alvoroçada
no alto do campanário eu mirava a retomada
das ruas estreitas entre a cidade de damasco
Ao longe um viking
nas masmorras torturando o Parmênides de Eléia
e ele gritando que o mundo é assim, uma odisséia
e Empédocles de Agrigento dizendo que não era
Eu sou fui e serei sempre esse mar de ondas agitadas
ancestral das planícies como os graves precipícios
iluminado desassossego da ilustração contente
onde fui encontrar as minhas horas mais felizes
Ninguém é eu, ninguém é você
não posso ser ele, ele ser eu
isso na infância é como ser você
a longa espera de José no poço
6 comentários:
vai charles , , ser anjo na vida !
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me senti o alladin , , aladin sobrevoando as palavras tuas no tapete mágico que estampaste com tanto esmero...... esse tá muito lindo, meu caro!
O passado de tudo que vislumbrei
ambrange em minha memória incontaveis portos maritimos ou celestes que eu tenha vivenciado ou simplemente esquecido que outrora fosse sonho.Andei ao lado de vagabundos e marechais,tratando todos com o mesmo olhar,muitos se perguntavam o que será que eu queria ou que queria ser....realmente eu queria ser,troquei meus trajes cerimonias herdados pela minha familia em alexandria,(deve ter sido pilhado pelos gregos em jerusalem)e parti em direção ao sonho do opio ,da musica e do cheiro do mistério...
cavernas em Marrackesh(num sei c é assim que escreve ,mas a 8 anos que eu não via um papiro para transformar meu sangue em relatos..),becos insipidos em xangai,estacionamentos gigantescos de shoppings em bombaim,vi muitos dentes na falta de rostos de vice versa...as palavras foram meu maior fardo dentre o tempo de minha inquietute peregrina,deixar para algo mundo,para que o mundo engula no fim dos tempos,e no esquecimento de minhas atitudes,a redenção daquilo que nunca quis....
virarei palvras,talvez um personagem que obscurece nas quinas do tempo e da história,um gorki,um cienfuegos ou thelonius,um mahavishna qualquer sem rosto como sub comantante marcos,serei lembrado como um solitario lobo em sua estepe,ou como um tom bombadil sorridente e sem forma,dormirei para junto ao sempre com tudo invivi e que por aqui agora transborda...
retribuo o elogio marechal
TATUDOMINADO !!
oficial destacado Campos Bastos
Não sei como você chegou lá nos 7Novos! Mas volte sempre! Tô delirando aqui no Alladin Pai de Santo das sensações humanas!
7D.
Carleto! Quem escreve no blog http://ossetenovos.blogspot.com/
são os sete novos! vá em www.ossetenovos.org e descubra tudo sobre a gente. Eu sou o 7D. (Domingos Guimaraens) Grande abraço!
é Marechal, o neg-ócio é historiar..
"Veio para ressuscitar o tempo
E escalpelar os mortos, as condecorações
As liturgias, as espadas,
Os espectros das fazendas submergidas,
O muro de pedra entre membros da família,
O ardido queixume das solteironas,
Os negócios de trapaças, as ilusões,
Jamais confirmadas nem desfeitas.
Veio para contar o que não faz jus a ser glorificado
E se deposita grâmulo
No poço da memória.
É importuno.
Sabe-se importuno e insiste
Rancoroso, fiel."
("O Historiador", Carlos Drummond de Andrade)
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