segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Fragmentos Carletistas I


|| Am7(9) || ||F7M/9 E7/9+|| ||Cm7(9) F7(13b) || Fm7(9) ||


Enquanto caminhavam através das florestas escuras de Monte Pascoal, Carleto lembrava-se do primeiro tiro que havia escutado naquela mesma floresta durante uma tempestade em que havia se perdido dez anos antes; Passados tantos anos, cruzava aquele mesmo caminho acuado pelo peso dos inúmeros soldados que haviam tombado em seu nome. Ávido pelo sangue dos seus inimigos que se escondiam nas matas densas ao norte do rio Corumbau.


Ouviu-se na montanha o ruído de um machado batendo em um Jequitibá, pois o ruído é distinto se o machado bate em um Jequitibá ou numa figueira. Foi, de fato, a primeira e única vez em sua vida que Carleto Gaspar sentiu medo. Fazia frio demais e isso não era comum na primavera baiana. Carleto avançou a frente de seus homens através de selvas intocadas e de caminhos desconhecidos, até uma imensa gruta que se mantinha totalmente escondida pelas árvores centenárias.


(Na imensidão escura da caverna distinguiu-se uma luz longínqua.)




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Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841