domingo, 19 de abril de 2009

II

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(...) Os rebeldes então massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo imperador. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou abandonar o trono e a cidade, mas foi chamado aos brios por sua mulher Teodora. A altiva imperatriz disse:

Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foge. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar aberto. Eu, porém, fico. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela mortalha.
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(de Fragmentos de um Copista)

8 comentários:

gduvivier disse...

fala arquimedes.
além de tudo isso, os palíndromos são diversão garantida para a sua viagem de ônibus ou sua espera no dentista...

Ticiana Flarys disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ticiana Flarys disse...

tô gostando da seguencia...
tem a ver com coisas que ando vendo ultimamente.
ontem passei o dia no El escorial, estava de audio guia andando por aquele palacio/monasterio imenso, escutando mil historias...e eu ficava imaginando as pessoas da época passando por ali com seus trajes...

nina rizzi disse...

é o melhor blogue dos últimos tempos! me contempla tudos
: escrivinhadora; historietisa
:D

Carleto Gaspar 1797 disse...

Meu querido Leibniz carioca,

fiquei só imaginando a trabalheira que deve ter te dado para escrever os palíndromos; parece que ficou na França um mês trabalhando as equaçoes possíveis do seu palindromeu

Vamu dar um rolé de onibus aí qq dia, ou marcar um dentista

abraçao!!

Carleto Gaspar 1797 disse...

Ticiana,

além da imaginação (que funciona quase como um ácido) existem substâancias que nos deixam tão alheios ao que há em volta, que o presente adquire o poder de tornar-se passado(e o é de fato) e a vida se torna uma longa reminiscencia para tentar traçar as genealogias que trouxeram o presente até nós.

Tudo que vemos já foi visto incontáveis vezes: o objeto segue sendo o mesmo, o que muda é o olhar.

(ou seja: as coisas não são o que são, mas sim uma representação de nosso estado de espírito. [que por sua vez é determinado por uma confuguração química de nosso organismo])

rsrs

saudações carletistas.

Carleto Gaspar 1797 disse...

Nina,

agradeço muito o comentário e digo que vale a pena seguir acompanhando que eu tô com uma série boa de fragmentos no forno.

Lembre-se: Hoje que diz pátria, diz carleto...

rs

bjo

Anônimo disse...

Embora englobados e arrastados sem descanso pela multidão inumerável de seus semelhantes, eles sofrem e se arrastam numa opaca solidão íntima, e nessa solidão morrem ou desaparecem sem deixar lembrança alguma na memória de ninguém.

Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841