domingo, 8 de junho de 2008

Paisagem - por Paulo Renato Porto Filho

.

A Manoel da Silveira Porto Filho


É pequena a humana vi(n)da,

rápida visita aos monturos do tempo largo

rio espesso

de profundo calado.

É susto-chegada,

ensaio do fim

Breve como o suspiro da moça

e a mentira da flor.

Seria uma concha?

Nesga que se alarga ao vento

e ao calor do vário movimento.

Promessa de cosmo, o corpo

não é invólucro da alma

Tem sua verdade

Tem seus líquidos e subterfúgios,

sua pressa.

Quem existir saberá ter-lhe sido

Mas é preciso algum desprezo,

alguma corda a se soltar antes que arrebente.

Mas quem sabe

quem lhe saberá o ritmo, marítimo segredo?

É sutil a humana brisa,

fôlego dos astros

na passagem.


4 de Junho de 2008

6 comentários:

Anônimo disse...

Lirismo nas sacadas do Império

Anônimo disse...

badu lofan em sua melhor forma :::

Anônimo disse...

vc ta certo, passei por la no reveillon, vc tava naquela festinha?

Carleto Gaspar 1797 disse...

Certamente

Aquele dia foi épico

omnia in uno disse...

Excelente !!

Alessandra Castro disse...

Meio q sobre o parto naum?

Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841