segunda-feira, 19 de maio de 2008

O vale


Enquanto a captura dos cafezais estava sendo consolidada, e o inverno subseqüente estacionava
seus frutos na pradaria, me surgiu claramente
a
oportunidade perfeita de ferver a água

(eram versos que soavam descendo
afora as espingardas e assim
terminavam as velhas
safras do
barão)


.

5 comentários:

Carla Giffoni disse...

Oi Carlos
Gostei muito do seu blog. Notei algumas coisas e gostaria de colocar no meu. Obrigada pela força. Se me ensinar, coloco vc tb no meu, só que não sei como fazer. Eis um poeta, meu amigo!
beijos,

Carla Giffoni

Anônimo disse...

Soprava sobre a planura da seca
pesado e grosso bafo de amargura.
A cantoria imprimia lerdeza
aos passos do cortejo de ranhura.

De cacto em cacto as vozes tropicantes
marejavam de tristeza até o talo
o gargalo e o olhar tornando o ser
tão um mar de lamento e lama: vale

lacrimoso navegado com mastro
duro erguido do lombo do jegue
(asno magro de penúria do pasto).

As inselências percorriam léguas
e o sol sem trégua pelejava a relva
medindo a trajetória do cansaço.

leila saads disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
leila saads disse...

Otimo poema, gostei muito das rimas! Tema bastante original.

Gostei também do teu Sítio e, principalmente, do Caetano e do Gullar. E gostei também dos temas históricos!

Beijos!

Nando Damázio disse...

Gostei do poema .. e do espaço !!
Tudo que remete à História em geral me fascina !!

Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841