quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Edifício Manhatã

.


Faltou o tio que roubava cobre nas estradas de Friburgo, que levava nos cadernos tudo que escavava, em sua engenhosa urdidura de arqueólogo:
.

“ Tirem-me de Samarcanda
Arranquem-me as carvoarias
Deixem-me surdo, as chuvas,
várzeas arrasadas,
pele?
(...) ”

.

Distraidamente aquela tarde inteira ele correu até alcançar e dizer:
.

“Espere.
Não deixe que
esse vai-se ver
e não vê-se
sem
idade, o sol
queimando ao
redor das
olheiras,
a noite

enunciando
lógicas de
caramujo,
não deixe.
.

No ensaio

de prosseguir,
prossiga."


e o old man searching for a hotel found sua cama numa bottle de martini

.

7 comentários:

Mariana Botelho disse...

*No ensaio
de prosseguir,
prossiga*


perfeito!

omnia in uno disse...

fixei nessa estrofe destacada acima também.......isso me ocorreu hoje e segui o conselho sem antes tê-lo recebido

pat werner disse...

deixe que o sol
queime as manchas
de preguiça
e prossiga

sensacional!

beijo

Anônimo disse...

leu a palavra "urdidura" no prosa e verso e decidiu escrevê-la, garoto esperto!?...

Carleto Gaspar 1797 disse...

Não, não assino e consequentemente, não leio o Globo, anônimo esperto.

conheceu a palavra soh agora??

p. disse...

ta martinica esse ..

Adrianna Coelho disse...


adorei!

Marechal Carleto Gaspar 1841

Marechal Carleto Gaspar 1841