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O sinal ecoa no salão, cavalheiros correm em busca de parceiras, dançarinos inclinam-se uns para os outros
O jovem está acordado e deitado sob o telhado de cedro do sotão ouvindo a música da chuva
O crítico analisa a galeria de arte de olhos semi-cerrados e cabeça inclinada
A tripulação do pesqueiro empilha camadas repetidas de linguado no porão
e assim segue...
(Song of myself)
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Whitmaniando
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Sobre a Fronteira
Estarei eu sereno algum dia,
se escuto e contemplo deus
em cada objeto ou amante
se vejo assinado seu nome
até nos lençóis e maçanetas?
Inútil tentar me assustar
por dez mil vezes morri
e aqui estou de volta inteiro
berrando numa gota de tempo
como as floresta secas da taiga
O que o jovem pode fazer
para tornar-se um herói e dizer
a toda humanidade que a cada
hora, em cada momento e nos
outros todos que já vão chegar
os deuses são como cartas dos homens
que inclinados frente às portas delicadas
entendem que nenhum dia melhor que esse
para entender quase nada, entender como
pode haver Whitman, entender talvez como
pode alguém falar por mim, décadas remotas
Se tenho coesão, projeto, método
se tenho amigos, jantares, se durmo
cedo, se estou te ouvindo agora
só mais um minuto; minha amiga
espere que estou a milhas próximas
Em algum lugar eu paro e espero por você
em algum lugar eu paro e espero
não me cruzando na primeira vez não desista
não me vendo num lugar procure em outro
Em algum lugar eu paro e espero você.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Receitas Romenas
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que voce deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Mamihlapinatapai (a veces escrita incorrectamente como mamihlapinatapei) es una palabra del idioma de los indios yámanas de Tierra del Fuego, listada en el Libro Guinness de los Récords como la "palabra más sucinta del mundo", y es considerada como uno de los términos más difíciles para traducir. Describe "una mirada entre dos personas, cada una de las cuales espera que la otra comience una acción que ambos desean pero que ninguno se anima a iniciar".
Marechal Carleto Gaspar 1841
