II
O Herói Trágico escreve uma ode à sua amada
Bebendo água de poça e comendo papa de papel timbrado
Escreve versos com cera de vela derretida e pastosa.
Em trinta e nove meses na sombra da greta infuso
terminado o primeiro volume o mais selvagem
Em doze completo o segundo e derradeiro
Em mil a prosa de retorno ao estaleiro a estiagem
A autor morto recria a tradição e a obra
Glória das que se perderam e que nunca se acharão
O escritor recria os tratados que hoje são apenas títulos
Poetas altos do silêncio que pronunciaram senão duas frases
Angústia da Influenza
Algo sobre um Robinson Crusoé
Trancado num apartamento sem janelas
A beira do mar, mas sem o céu
Morto pela maré no cativeiro russo da Sibéria
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