III
.I.
No mictório de ladrilho azul-piscina
Um vômito de sensações intrusas
Jorrando um mar de caravelas lusas
No toilette imundo uma suína
Entranhas da humanidade encarregada
Ser cansado, meu ventre uma baderna
Sobre mim uma clarividência na golfada
ó senhor olímpico do mármore e do Cobre,
Cerdas vivas podres nos cascalhos
Chama de semente turva de alga nobre
Veredas e eclusas para os oceanos vastos
Escrotos lodos nos esgotos rodos pelos pastos
.II.
Caipora urbano das colunas de aço e montes de brita
Boitatá das vielas penumbras dos Bastos Bosques
O mar vermelho que se encerra, que se ergue aos toques
Carregamento de consolos apreendido na Serra das Antilhas
Animais extintos na Tasmânia desolada
Obcecada com guerras e epopéias
O jogador que sempre quer um pouco mais!
Viciado de veia em civilizações peninsulares
Colecionador de Rios e arbustos pragmáticos
Seduzido pela raça cósmica que esculpi divindades nas encostas
De um Tibet em Ramos ou Irajá
Espaço tenebroso sob a cama esses tais mitos
Antigos matos escuros, laços dardos lençóis
Estradas turvas nevadas, igrejas ventos sem voz
Nunca o palácio de pedra bandido
O centro de sua nação em outra nação
quero lhe falar de assaltos
Já não tenho Deuses para me salvar
Ao homem pós-moderno só lhe resta o ópio
Festas da alta sociedade na Manhattan dos anos 40
O amor desgraçado na melancolia medieval italiana
A filha virgem do sultão da babilônia que jura por Alah
As matemáticas
Pólvoras
Astronomia etrusca
Cantando Édipo e Enigmas já devorados
Cantando a amaldiçoada lei da vingança privada.
O excesso nas drogas
o suicídio
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Um comentário:
seria desespero me encontrar torcendo pra que uma uva passa me sufocasse em uma tosse até a morte ?
ou que na primeira hora da manhã uma pomba desgovernada atingisse minha cabeça me jogando ao chão de asfalto quente para que meu crânio fosse estourado por um caminhão da comlurb ?
preciso de uma guerra - a vida imposta me é odiosa - contar dinheiro não é a minha vocação - torço pra que uma granada de mão estilhace projéteis que liberte - me! distribúa - me aos ares de novo , me encontrei, sou um ser humano vivendo em meio a tatus bichos preguiças topeiras e outros tipo de roedores sem contar com cachorros felinos e outros humanos distraídos convertidos em fauna bestial iludida triste miserável perdida - as horas passam e passo a crer cada vez mais que uma morte em meio a todo esse niilismo material , em meio a essa feira livre sem sentido , em meio a esse pardieiro de signos seria a última coisa que deus poderia fazer por mim , e o pior é que deus não está aqui e eu sigo em busca de - AMOR - nem que ela venha um dia pela minha janela em quanto eu estiver ainda dormindo - lembranças de 3012 a.C. NO CAMPO DE KURU . . . jaya jaya jaya
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